21 de junho de 2014

TARTE DE MORANGOS DO "LA PALETTE" - DORIE GREENSPAN







Esta quinzena, o desafio do " Dorie às Sextas "é uma tarte de fruta da época, escolha que me agradou imenso pois já fiz outras tartes dela e adorei.
Assim, não deixei escapar a oportunidade de fazer mais uma sobremesa com uma das minhas frutas de eleição da Primavera: Morangos.
Tenho uma outra Tarte deliciosa de Morangos publicada, mas sobremesas assim nunca são demais.

Era pedida uma tarte única, a " La Palette Strawberry Tart " que, fiquei a saber, foi degustada pela Dorie precisamente na esplanada do café francês com esse nome.
No entanto, decidi-me pelas individuais já que não queria fazer a receita completa pelo que fiz apenas metade da dose recomendada.
Assim, optei pelas tarteletes e, como já não participava há um tempo e como as férias estão quase aí, quis marcar a minha presença na quinzena, embora tenha que confessar que as coisas não correram lá muito bem com a massa devido à temperatura que se fazia sentir na cozinha.







A tarte será então composta pelos seguintes elementos:


  • Compota de morango
  • 1 base de tarte com 23 cm feita com a "Sweet Tart Dough" ou com a "Sweet Tart Dough with Nuts" (página 444 do livro da Dorie Greenspan), totalmente cozinhada, fria e desenformada
  • 1,1 kg de morangos maduros
  • Açúcar - opcional
  • Um pouco de "kirsch" ou de "eau-de-vie" de morango ou framboesa (não sei a tradução, usei licor de morango) ou uma colher cheia de licor de groselha (créme de cassis) - opcional.  Eu usei o meu Licor de Morango
  • Pimenta moída no momento - opcional
  • Créme fraîche (primeira escolha) ou natas batidas

SWEET TART DOUGH

Ingredientes:

  • 1 1/2 chávenas de farinha
  • 1/2 chávena de açúcar em pó
  • 1/4 colher chá de sal
  • 125 gr. de manteiga, muito fria ou congelada, cortada em pedaços pequenos
  • 1 gema de ovo grande





Preparação:


Colocar a farinha, o açúcar e o sal num processador de alimentos, pulsando algumas vezes para misturar. Juntar a manteiga e pulsar até esta ficar com alguns pedaços do tamanho de flocos de aveia e outros do tamanho de ervilhas. Bater levemente a gema, quebrando-a ligeiramente, e deitá-la aos poucos, pulsando ligeiramente entre cada adição. Quando a gema estiver completamente incorporada, processar mais longamente, cerca de 10 segundos de cada vez. A massa, que ao início vai ficar granulada, irá formar grumos. Mesmo antes de chegar a este ponto, o som do processador vai mudar. Neste ponto, mudar a massa para a bancada e amassar suavemente, apenas até alguns ingredientes secos que tenham escapado estarem incorporados. 

Untar com manteiga  uma tarteira com 23 cm de diâmetro e fundo amovível. Pressionar a massa uniformemente pelo fundo e lados da tarteira (a Dorie não recomenda que se estenda a massa), deixando apenas uma pequena porção de massa no frigorífico para usar caso a massa rache nalguma parte após estar cozida. Não se deve pressionar a massa na tarteira com muita força, para que não perca a sua textura areada, mas deve garantir-se que os vários pedaços estão bem unidos. 
Congelar a massa durante pelo menos 30 minutos (ou durante um período maior, de preferência) antes de levar ao forno.
Centrar a grade no forno e pré-aquecê-lo a 190ºC. 
Untar a parte brilhante de uma folha de alumínio e ajustá-la sobre a massa, com a parte untada para baixo, pressionando bem. 
Como a massa foi congelada, não será necessário cozê-la com pesos.
Levar ao forno por 25 minutos.
Remover cuidadosamente o papel de alumínio.

Se a base da tarte tiver inchado, pressioná-la ligeiramente com a parte de trás de uma colher. Nesta fase pode remendar-se a base caso tenha rachado, usando um pouco da massa crua que se reservou assim que se remove a folha de alumínio.
Cortar um pedaço muito fino, colocá-lo sobre a racha, humedecendo as extremidades e alisando suavemente sobre a base.
Levar ao forno durante mais oito minutos ou até a base estar firme e dourada.
Transferir a tarte para uma rede e deixar arrefecer antes de usar.

Se se servir a tarte inteira de uma vez, espalhar uma camada generosa de doce sobre a base da tarte e cortar em fatias.
Se não se for usar a base toda, cortar tantas fatias quantas as pessoas a servir e espalhar a compota sobre as fatias já cortadas.
Cortar em metades tantos morangos quanto necessários para servir uma porção generosa a cada pessoa e, caso necessário, envolvê-los em açúcar.
Se se usar o licor, misturá-lo agora, mas em pouca quantidade para não abafar o sabor dos morangos. Polvilhar com a pimenta.
Dividir as fatias da tarte pelos pratos e cobrir com o morango e o seu sumo, deixando-os cair para os lados da fatia sem preocupações.
Decorar ou servir com crème fraîche ou natas.







SWEET TART DOUGH WITH NUTS


Igual à receita anterior, reduzindo a quantidade de farinha para 1 + 1/4 chávenas e adicionando 1/4 de chávena de amêndoas, nozes, pecans ou pistachios.


Bom Apetite !









17 de junho de 2014

LICOR DE CEREJA






No ano passado andei a magicar a melhor forma de fazer Licor de Cerejas, pois é uma fruta que adoro e queria testá-la noutras preparações que não somente consumi-la ao natural ou mesmo em sobremesas, como tem vindo a ser o caso.
Assim, não deixei escapar a oportunidade quando elas apareceram e meti mãos à obra.

Este Licor foi feito há precisamente 1 ano e, agora que essas lindas e provocadoras bolinhas tão carnudas e deliciosas estão de novo em toda a sua força, é hora de sugerir uma preparação diferente com elas.






Já tinha feito Licor de Morango e tinha chegado a vez do de Cerejas que ficou com uma cor escura e intensa já que usei das cerejas mais escuras que encontrei. 


Perfeito para consumir assim ou mesmo para se juntar a certas receitas.







Ingredientes:


  • 500 gr. de cerejas com os pés
  • 1 pau de canela cortado em 2 ou 3 pedaços
  • 150 ml. de água
  • 150 gr.de açúcar amarelo
  • 300 ml de aguardente (senão tiver pode usar vodka)
  • parte amarela da casca de 1 limão
  • 1 cravinho (opcional)






Preparação:



Lave as cerejas e seque-as cuidadosamente com papel de cozinha.
Descasque o limão com o descascador de batatas para que a casca fique bem fininha.
Coloque as cerejas num frasco de boca larga, limpo e previamente esterilizado.
Adicione o pau de canela, a casca de limão e o cravinho (esta especiaria dá ao licor um sabor forte e acentuado, pelo que se não gostar, omita-o)







Leve a água e o açúcar ao lume e, assim que o açúcar derreter, desligue o fogão, espere 15 a 20 minutos e junte a aguardente.
Despeje este preparado sobre as cerejas, feche bem o frasco e guarde em local fresco, seco e escuro durante cerca de 3 ou 4 meses antes de o abrir.
Dia sim, dia não agite o frasco para que os sabores se desprendam e inundem o licor.







Passado este tempo, disfrute de uma aromático e lindo licor que fará as delicias de todos quantos o provarem.














Fonte:  http://tertuliadesabores.blogs.sapo.pt/141775.html



6 de junho de 2014

BOLO INVERTIDO DE KIWI




Este bolo foi confeccionado há já um tempo atrás, quando rumei a Norte para visitar a Mãe por alturas do Carnaval !
Tinha chegado a casa dela uma grande cesta cheia de kiwis, que a carinhosa vizinha Fernanda lhe deu e como eram bastantes, além dos que se comeram ao natural, alguns foram utilizados em doce, sobremesas e este bolo invertido.
 
É assim na terrinha da Mãe, as trocas ainda acontecem como antigamente.
Troca-se ovos por alfaces, troca-se fruta por batatas, trocam-se géneres como também os Avós faziam e como hoje é impensável fazer nas grandes cidades...
 
Os sorrisos fazem parte deste "circuito comercial"... à mistura com conversas e afectos, estes comportamentos de outrora que ainda perduram em alguns locais fazem-me sentir noutra dimensão, numa dimensão onde gostaria de habitar permanentemente.
 

 

Adoramos bolos frutados, em que o sumo se mistura na massa e a torna mais suculenta e macia !

Ficam excelentes, já fiz com diversas frutas e chegou agora a vez dos kiwis ! :)
 
Por falar em Kiwis, deixo-vos aqui algumas informações acerca deste fruto tão importante para a nossa saúde:


As pessoas são atraídas pelos kiwis em razão de sua cor verde brilhante e sabor exótico. Mas, a verdadeira singularidade deste alimento vem de seus benefícios para a saúde:
 
Impulsiona sua imunidade – o alto teor em vitamina C no Kiwi, juntamente com outros compostos antioxidantes, ajudam a estimular o sistema imunológico;
 
Poder alcalino – o kiwi é a fruta mais alcalina que existe, o que significa que tem uma rica fonte de minerais para substituir o excesso de alimentos ácidos que a maioria das pessoas consome. Um organismo ácido/alcalino equilibrado traz muitos benefícios para a saúde, uma pele jovem, energia física abundante, menos resfriados, menos artrite e osteoporose, entre outros;
 
Ótimo para a pele – os kiwis são uma boa fonte de vitamina E, um antioxidante conhecido por proteger a pele da degeneração;
 
Ajuda na luta contra a doença cardíaca – uma pesquisa recente revelou que, comer 2 kiwis por dia, ajuda a reduzir o potencial de coagulação do sangue em 18% e a diminuir os triglicéridos em 15%. Ponto positivo para o coração!
 
Limpa as toxinas do corpo – as fibras do Kiwi ajudam a ligar e a mover as toxinas do seu trato intestinal;
 
Ajuda a emagrecer - note que o kiwi é uma fruta pouco calórica, uma vez que apenas tem cerca de 54 kcal por cada 100 g de fruta. Desta forma, é muito recomendada em dietas de emagrecimento;
pelo seu alto conteúdo em água, juntamente com quantidades consideráveis de potássio, ajudam a eliminar líquidos e a evitar assim os problemas que implicam a retenção de líquidos no organismo.
Auxilia na digestão – os kiwis são uma ótima fonte de fibras, podendo evitar assim a prisão de ventre e outros problemas intestinais. Além disso, o kiwi contém "actinidain", uma enzima muito parecida com a "papaína" presente no mamão que auxilia na digestão de uma refeição;
 
Controla a pressão arterial – o alto nível de potássio encontrado no Kiwi ajuda a manter os nossos eletrólitos em equilíbrio e a conter os efeitos do sódio;
 
Adequado para os diabéticos – o kiwi possui um baixo índice glicêmico e alto teor de fibras, isto significa que ele não eleva o açúcar no sangue rapidamente, sendo um alimento seguro para os diabéticos.


http://www.liberoalimentos.com.br/2013/05/os-beneficios-do-kiwi-para-a-saude.html
http://saude.umcomo.com.br/articulo/quais-sao-as-propriedades-do-kiwi-3356.html




Ingredientes:
 
  •  8 kiwis
  • 150 gr. de margarina
  • 200 gr. de açúcar
  • 2 ovos
  • 150 gr. de farinha
  • 1 colher de sopa de fermento
  • raspa da casca de 1 laranja
  • margarina para untar
  • farinha para polvilhar 
 
 
 


Preparação:

Ligue o forno a 180º C.
Corte um círculo de papel vegetal com as dimensões de uma forma.
Barre a forma com margarina, polvilhe-a com farinha e forre o fundo com o papel vegetal.
Barre novamente com margarina e volte a polvilhar com farinha.

Descasque os kiwis, corte 3 deles em rodelas e forre o fundo da forma com as rodelas.
Corte os outros kiwis em pedaços e reduza-os em puré num liquidificador ou com a varinha mágica.

Numa tigela, bata a margarina com o açúcar até ficar cremoso, junte os ovos um a um, batendo bem entre cada adição.
Adicione a farinha, o fermento, a raspa de laranja e o puré de kiwi e misture bem.

Deite este preparado por cima das rodelas de kiwi previamente colocadas na forma e leve ao forno por cerca de 40/50 minutos (faça o teste do palito).

Depois de cozido deixe arrefecer um pouco.
Seguidamente desenforme-os e retire o papel vegetal.


 


Bom Apetite !








Fonte: revista "Teleculinária Gold - Bolos Caseiros - Janeiro 2014, pág. 13"



 

26 de maio de 2014

FRANGO ASSADO A TODA A MECHA - Jamie Oliver






" Toda a gente precisa de uma receita que se faça "a toda a mecha" quando se está sem tempo.
É só combinar uma série de ingredientes que se deem todos muito bem e depois é só partir, misturar, marinar e assar.
É super-rápido e o forno é que faz todo o trabalho."



É este o mote para a receita que trago hoje, cuja apresentação ficou obviamente diferente da do grande Chef.  
Pudera...! :)
Se há erro crasso que nunca cometeria na Vida, era ousar comparar-me a tão distinta personalidade...
Quando nos foi dito pela Susana que o primeiro convidado do grupo "Quinze Dias Com..." era o grande e internacionalmente reconhecido Jamie Oliver, soube que iria confeccionar esta receita dele, que vi na revista "Continente Magazine" apesar de ter alguns dos seus livros.




É uma receita para os dias dificeis, em que não apetece fazer nada complicado e, como andamos por aqui nesse modo, é com o Frango Assado a Toda a Mecha que participo no 1º desafio do " Quinze Dias Com..."




Ingredientes:


  • 4 tomates maduros
  • 2 cebolas roxas
  • 1 pimento vermelho
  • 1 pimento cor de laranja (ou amarelo)
  • 1/2  pimento verde
  • 6 coxas de frango desossadas e sem pele 
  • 4 dentes de alho
  • 1 colher de chá de paprica (usei colorau)
  • 2 colheres de sopa de azeite
  • 2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
  • 1/2 molho de tomilho fresco (ou outra erva)
  • sal e pimenta q.b.







Preparação:




Pré-aqueça o forno.

Corte os tomates em quartos e coloque-os numa assadeira (cerca de 25/30 cm).
Descasque as cebolas e corte-as grosseiramente.
Depois retire as sementes aos pimentos e corte-os em pedaços.
Disponha tudo num tabuleiro com as coxas de frango.
Esmague os dentes de alho com casca com o cabo de uma faca e coloque-os na assadeira,espalhando-os por cima. 
Em seguida junte as folhas de tomiho e a paprica, depois o azeite, o vinagre balsâmico, o sal e a pimenta.
Envolva tudo com as mãos para que a carne absorva os temperos e espalhe tudo pelo tabuleiro por forma a que o frango fique coberto pelos vegetais.

Deixe assar cerca de 1 hora sensivelmente ou até que as coxas estejam no ponto, tendo o cuidado de as virar e regar com o próprio molho que se vai formando na assadeira.
Sirva com pão tostado para tirar partido do molho que se formou ou então com um outro acompanhamento a gosto.


Bom Apetite !








Fonte: revista "Continente Magazine - Nº 38, pág. 55"





17 de maio de 2014

PUDIM DE MORANGOS








Eles estão aí em força... doces, carnudos, de cor bem vermelha, os morangos são um dos ícones da Primavera já perfeitamente instalada.

É um dos frutos que não dispensamos tão logo começam a aparecer e a sorrir para nós, quase que pedindo para que os levemos connosco, é um dos frutos mais amados aqui por casa...








Muito se tem feito por aqui, com morangos e sem eles... muitas receitas testadas de revistas culinárias e também comprovadas, mas sem que delas haja registo por aqui ou no Blog do Chocolate

Não é por isto ou por aquilo, é tão simplesmente pelo cansaço que se tem apoderado de mim e arranjar todo o cenário (que nem sempre é o ideal), bem como arranjar tempo para os horários propícios para apanhar a melhor luz, concentração e ambiente nem sempre é fácil.
Acredito que também vos aconteça.

Com esta situação, as minhas publicações são, já de há alguns meses a esta parte, cada vez mais raras em ambas as cozinhas além do que me foi diagnosticada uma epicondilite bem brava (que praticamente me imobilizou certos movimentos) devido ao uso excessivo do computador (com o qual trabalho quase 8 horas por dia) não só no emprego mas depois também em casa. 
Por estas razões tenho abrandado o ritmo e, claro, isso também se reflecte nas mais parcas visitas que vou conseguindo fazer-vos.

Espero que não levem a mal e que compreendam mas, de facto, tornou-se incomportável para mim fazer visitas diárias até porque eu própria não publico com essa frequência.







Bom... lamúrias à parte, vamos lá mas é dar mais cor à Vida e desfrutar de todas as suas potencialidades em sobremesas capazes de nos tirar do sério como um simples, mas delicioso, Pudim de Morango !

Provam comigo ? :)


Ingredientes:


  • 8 folhas de gelatina vermelhas
  • 500 gr. de morangos
  • 280 gr. de açúcar
  • sumo de meio limão
  • 4 decilitros de natas 
  • 200 gr. de queijo creme (ou 2 iogurtes com aroma de morango)
  • 2 claras
  • morangos q.b. para enfeitar




Preparação:


Demolhe a gelatina em água fria.
Arranje os morangos, corte-os em pedaços e triture-os com 260 gr. de açúcar e o sumo do meio limão e coloque-os num tachinho.
Leve a lume brando, mexendo e deixando ferver por 5 minutos.
Retire do lume e deixe arrefecer um pouco.
Reserve 1/3 deste preparado no frigorífico e junte ao restante a gelatina escorrida e mexa até que se dissolva.

Bata as natas  até ficarem firmes e envolva o queijo creme.
Adicione o creme de morango e gelatina já mais frio, envolva delicadamente e reserve.







Bata as claras em castelo e junte-lhes o restante açúcar e bata mais um pouco. Envolva-as com o preparado anterior e depois coloque-as numa forma de pudim, cujo interior tenha sido previamente passado por água fria.
Leve ao frigorífico até solidificar bem (cerca de 12 horas).

Para desenformar, passe o exterior da forma durante breves segundos por água quente, vire sobre um prato e desenforme.
Verta o molho de morango reservado sobre o pudim e decore com morangos.








Bom Apetite !  



Fonte: revista "Mulher Moderna na Cozinha" nº 60, pág. 44

11 de maio de 2014

ARROZ DE PATO






A gastronomia portuguesa é de uma riqueza incomparável.
Gosto muito de testar gastronomias de outros países e há algumas que me prendem de facto, mas a portuguesa sempre terá o lugar de topo na minha escolha ou não seja eu nativa, ou não esteja ela (a nossa gastronomia) cotada nos primeiros lugares quando existem concursos internacionais ! :)

Um dos pratos mais deliciosos é o inigualável Arroz de Pato que transborda sabor e nos deixa completamente rendidos.
Claro que é necessário gostar da carne de pato, mas garanto-vos que este prato tão luso é esplendoroso e faz brilhar quem o apresente.











Ingredientes:


  • 0,5 chouriço de carne
  • 500 gr. de carne de pato desfiado
  • 750 gr. de arroz Orivárzea
  • 2 cebolas picadas
  • 4 dentes de alho picados
  • 2 folhas de louro
  • 2 cenouras
  • 0,5 dl de azeite
  • alecrim
  • sal
  • rodelas de laranja







Preparação:

Arranje o pato e corte-o em quartos.
Cozer o pato juntamente com o bacon, o chouriço, 1 cebola cortada em quartos, as cenouras inteiras e o chouriço na panela de pressão.
Depois de cozido, retire o chouriço e as cenouras e reseve-os.
Reserve também a água da cozedura para utilizar posteriormente no arroz. Não se esqueça de a coar.
Depois de bem cozido, desossa-se o pato e desfia-se.

Num tacho refogue a outra cebola e os alhos no azeite, até a cebola começar a ficar douradinha.
Junte as folhas de louro e o arroz, mexa e deixe-o fritar bem.

Passe o preparado anterior para uma caçoila de barro (opcional), junte-lhe cerca de 1 litro da água da cozedura do pato, junte também o pato desfiado, tempere com sal e pimenta e leve ao forno a cozer cerca de 15/20 minutos. 
Cerca de 5 minutos antes, coloque o chouriço às rodelas e as cenouras (não coloquei) por cima do arroz e deixe dourar.  

Acompanhe com rodelas de laranja e uma generosa salada.








Bom Apetite !!






Espreitem o Pudim de Pãezinhos com Chocolate, receita da Nigella Lawson que fiz no Blog do Chocolate ! :)






1 de maio de 2014

PÃO COM TOMATE SECO E COLORAU - "Dia Um... Na Cozinha"






Perde-se no tempo a origem do pão, alimento simples e muito nutritivo, um dos mais antigos alimentos da História gastronómica e que constitui ainda hoje a base alimentar de inúmeras populações.

Na origem, feito de farinha de trigo ou de bolotas e água e era seco ao sol - seriam os egípcios os primeiros a adoptar fornos de barro para o cozer, bem como a incorporar levedura na massa para a tornar mais leve, macia e saborosa.

A chegada do pão à Europa deu-se por influência dos Gregos, embora as primeiras padarias tenham surgido com os romanos dois séculos a.c. (antes de Cristo), aproximadamente.
Mas é com os franceses, no século XVII e com os austríacos, mais tarde, que se verificam as grandes inovações na indústria da panificação.
Hoje em dia, o pão está disponível num vasto leque de opções, para todos os gostos e necessidades alimentares.
É o caso, por exemplo, do pão meio sal, procurado especialmente por pessoas com hipertensão.
E, só entre nós, basta pensar nos pães regionais que se confeccionam em todo o país, como a broa de Avintes, o pão alentejano, o pão de Mafra, os de água ou a regueifa, não esquecendo os de inspiração francesa como a baguete, pães de noz, passas ou sementes.




O tema da 12ª edição do "Dia Um... Na Cozinha" é o Pão ! 

Já fiz vários pães que estão aqui no blogue, cada um delicioso à sua maneira e a eles se junta este Pão com Tomate Seco e Colorau que é muito aromático e pleno de sabores muito intensos !

Eu diria que é um Pão cheio de personalidade e que se impõe pela sua textura densa e pelo seu sabor, ambos fantásticos !
  





Ingredientes:


  • 275 mililitros de água
  • 2 colheres de sopa de azeite (usei o da conserva dos tomates secos
  • 1 olher de chá de sal
  • 3/4 de colher de chá de colorau
  • 1 malagueta sem sementes e finamente picada
  • 150 gr. de farinha de trigo
  • 150 gr. de farinha integral
  • 150 gr. de farinha de centeio integral
  • 1 colher de chá de açúcar
  • 1 + 1/4 de colher de chá de fermento biológico seco
  • 50 gr. de tomates secos, escorridos e grosseiramente picados





Preparação na MFP:


Tire a cuba da máquina e encaixe a pá misturadora.
Ponha os ingredientes na cuba, segundo a ordem indicada, excepto os tomates secos.
Encaixe a cuba na máquina e feche a tampa.
Programe o tamanho do pão para 750 gr. e escolha o programa "normal".
Escolha a cor da côdea que prefere.
Junte os tomates secos quando se ouvir o sinal sonoro.
Quando o programa terminar, tire a cuba da máquina e vire-a para soltar o pão.
Ponha-o sobre uma rede para arrefecer.
Nota: no meu caso escolhi apenas o programa massa e no final desse ciclo (1H30) retirei a massa para uma superficie enfarinhada, dei-lhe umas voltas para retirar o ar após a levedação e tendi-o em redondo. Fiz-lhe uma cruz no topo e levei ao forno a cozer em tacho de barro tapado durante cerca de 40/45 minutos a 200º C.




Preparação Tradicional:


Coloque as farinhas, o sal, o colorau, a malagueta e o açúcar numa tigela espaçosa.
Misture bem os ingredientes, abra um buraco no meio e deite um pouco da água, o azeite e o fermento.
Mexa com uma colher de pau ou com a sua mão.
Misture a farinha de fora para dentro até conseguir uma massa pegajosa.
Vá juntando o resto da água e continue sempre a mexer.
Amasse até a massa ter uma consistência elástica: vá enrolando, dobrando e puxando a massa.
Polvilhe a superfície da massa com farinha, tape-a com um pano limpo ou com um saco de plástico (ou película aderente), coloque-a dentro do microondas ou do forno desligado e deixe-a levedar.
Quando tiver crescido (dobrado de volume), junte-lhe os bocadinhos de tomate seco e tenda-a ou coloque-a numa forma a seu gosto (costumo cozer o pão em tacho de barro com tampa; se não tiver tampa tape-o com papel de aluminio para evitar que queime a superficie) e leve ao forno cerca de 40/45 minutos a 200º C (este tempo é referencial, depende do forno de cada pessoa).







Deixo-vos em excelente companhia porque vos deixo com Pão e, como curiosidade, com alguns provérbios que envolvem o pão:


"Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão"

"Nem mesa sem pão, nem exército sem capitão"

"Pão quente, nem a são nem a doente"

"O pão, pela côr; o vinho, pelo sabor"

"Lavra pelo São João se queres ter pão"

"Ano de nevão, ano de pão"

"Pão mexido é pão crescido"











Fonte: receita ligeiramente adaptada do livro "200 receitas de pão" de Joanna Farrow